“Um bom Atirador não faz contas”.
As somas, feitas a meio, carregam-nos com um peso maior. Se a soma for curta, buscamos mais. Se for generosa, lutamos para mantê-la a todo o custo. Em qualquer dos casos, a soma, feita a meio, desvia o Atirador do que é essencial: O gesto, feito de uma atenção completamente dedicada ao tempo presente.
No fundo, esse gesto é uma metáfora para a vida. Por muitas viagens que os pensamentos façam entre as memórias de ontem e os sonhos de amanhã, o que importa é ‘o agora’. A verdade é que a vida só tem um momento: este momento.
As memórias e os sonhos terão sempre o seu lugar, mas não podem fazer contínuo desperdício deste momento que passa.
O senhor Bernardo só somava os pontos dos alvos no fim e muito menos fazia contas aos anos que iam ficando lá para trás. Invariavelmente, era o primeiro a chegar ao Jamor para treinar e, mesmo que não quisesse, deu-nos a todos o exemplo maior. Ensinou-nos. Porque aprendeu a viver sem o peso da soma.
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