A Sociedade de Tiro N.º 2 de Lisboa (“Antigo Grupo Pátria”) constitui uma Associação com fins desportivos, sendo o maior e mais antigo Clube de Tiro de Portugal, fundado em 03/09/1893, por Decreto Régio do Rei Dom Carlos.
Comendador da Ordem Militar de Cristo (23/09/1943) e agraciado com a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo por Despacho do Senhor Ministro da Educação Nacional de 09/11/1993, a Sociedade de Tiro N.º 2 de Lisboa foi desde sempre dedicada ao Tiro Desportivo e empenhada no ensino e na prática das várias modalidades de Tiro.
É também o Clube de Tiro que teve nas suas fileiras, durante mais de 120 anos de existência, o maior número de Atiradores Olímpicos, em Tiro de Precisão, sendo igualmente o Clube mais premiado e o que se faz representar sempre pelo maior número de Atiradores em Provas a nível Nacional.
A 3 de Setembro de 1893 constitui-se O GRUPO PÁTRIA, de atiradores civis, destinado a firmar na vida desportiva portuguesa, lugar marcante e de permanentes vitórias.
Os iniciadores, Jaime Faria, José Araújo de Lacerda, Joaquim Fernandes de Freitas, Alfredo da Fonseca e Manuel de Jesus Faria, pensaram na constituição do grupo para mais facilmente cumprirem uma determinação regulamentar que impunha, para uma carreira de tiro funcionar, um número mínimo de 12 atiradores.
O “Grupo” adquiriu carabinas muito aproximadas das Kropatschek, então usadas. Acordou que, para fazer parte do seu grémio, era necessário ser indivíduo de honestidade incontestada a todos os respeitos, não pertencer a outro agrupamento, não ser militar combatente, não ser estrangeiro, ser admitido pela unanimidade dos sócios, frequentar a carreira de tiro, usar chapéu de feltro branco e um pequeno cartucho na “boutonnière”. Estabeleceu ainda que se tinham de aceitar os desafios e justas causas das associações congéneres. O Diretor do Grupo Pátria, seria o atirador que estivesse melhor classificado no concurso, evitando-se assim questiúnculas entre os partidários de uns e de outros.
Em 6 e 7 de Janeiro de 1894, efetuou-se em Portugal o primeiro concurso de tiro civil, com prémios oferecidos pelo Rei; Rainha; Ministério do Reino; Ministério da Guerra; Câmara Municipal e Carreira de Tiro. A prova efetuou-se com relativo aparato e com a presença da Família Real. No mesmo ano publica-se em Lisboa, o primeiro jornal de desportos e em 1895 aparece o jornal do tiro civil.
Por meados de 1916, estava a República na sua infância e o mundo mergulhado na Grande Guerra,o ministério da guerra decreta a renomeação dos clubes de tiro, para “Sociedade de Tiro nº … de …”. O grupo de atiradores civis de Lisboa ficou com o nome de Sociedade de Tiro nº 1 de Lisboa, que mais tarde se veio a tornar na Federação Portuguesa de Tiro, e coube ao Grupo Pátria o nome que até hoje temos, Sociedade de Tiro n.º2 de Lisboa
Alguns Artigos Históricos de Jornais Desportivos da Época, que revelam os primórdios da Sociedade de Tiro N.º2 de Lisboa (“Antigo Grupo Pátria”).
António Augusto da Silva Martins – 1920 / 1924
Félix Bermudes – 1920
António Duarte Montez – 1924
Paulo dos Santos Mendonça – 1924
Francisco António Real – 1924 / 1932
António Gentil Martins – 1960
André Antunes – 1960 / 1972
António Fial Tavares – 1960
António Jorge – 1960
Maria Isabel dos Santos Joglar – 1984
Carla Cristina Machado Ribeiro – 1992 / 1996
Presidente
